Being Erica (A vida de Erica)

Pense como seria maravilhoso ter a oportunidade de resolver os seus problemas atuais, reparando o passado durante sessões de terapia?
Em linhas gerais, quem procura por terapia, procura a resolução de problemas emocionais; querem uma vida mais completa e feliz. Felicidade que não se encontra apenas com os cuidados físicos. Psico, música, ocupacional, são inúmeros os tipos de terapia encontrados.
Agora... e se colocássemos um tempero nisso tudo? E se você pudesse viajar no tempo e espaço para fechar tudo aquilo que deixou aberto, problemas não resolvidos, desejos não realizados, relacionamentos rompidos e muito mais?
Neste plot recheado de drama, mas com momentos muito agradáveis e divertidos, Erica Strange, verá a sua vida mudar de maneira revolucionária.

Uma terapia muito diferente! Algo que só a ficção poderia nos trazer.


Sinopse:
Being Erica – no Brasil, A Vida de Erica é uma série dramática produzida no Canadá. Criada por Jana Sinyor e dirigida por Holly Dale, teve 4 temporadas. Sua estreia aconteceu em Janeiro de 2009 e o episódio final, foi exibido em Dezembro de 2011.


Erica Strange, personagem interpretada por Erin Karpluk, uma mulher de 34 anos, vê a sua vida seguir em frente – no melhor estilo “deixa a vida me levar” – sem protagoniza-la. Seu mundo está completamente perdido e sua vida, desmoronando.
No trabalho, exerce uma função muito abaixo de sua capacidade intelectual. Já em sua vida amorosa, sobra espaço apenas para solidão. Lhe resta ser coadjuvante na vida, acompanhando de perto o sucesso de todos aqueles que ama.
Certo dia, o terapeuta, Dr. Tom Wexlar, Michael Riley, surge com uma proposta, até então, comum: fazer terapia. Erica faz uma “lista de arrependimentos” e cabe a ela, auxiliada por Dr. Tom, reparar estas situações. Em sua primeira sessão, ela vive a experiência mais maluca e ao mesmo tempo, a mais incrível de sua vida.
Comentário geral
Tomei conhecimento desta séria de uma forma muito curiosa. Procurava na internet a música No Rain, da banda Blaind Melon.


Isso me levou ao setlist da série. Confesso que li a sinopse, apenas porque vi escrito a frase “viagem no tempo”. Como um bom nerd, gosto de histórias com essa proposta – não que todas sejam boas. – Após ler, fiquei ainda mais surpreso por saber que, boa parte da história, quando ocorridas as viagens no tempo, aconteciam nos anos 90 – tá ai a resposta para No Rain”.
Sim, fui um adolescente que cresceu nos anos 90, mas não foi só por esse saudosismo que a série me pegou. Havia uma profundidade absurda no desenvolvimento da personagem.
Uma história de romances, problemas de família e com amigos, transições de carreira e muito mais. Todos os dilemas vividos pelas mulheres modernas. Na verdade, tudo o que um gênero chik lit pode dispor. No entanto, a motivação de Erica não era apenas viver uma história de amor entre um homem e uma mulher. Suas dúvidas giravam ao redor de um núcleo vital: assumir a responsabilidade pela própria vida.
Desta forma, vemos Erica, passo a passo, se apaixonar cada vez mais por si mesma. E o namoro, casamento, status, trabalho, se tornarem consequências da intensidade desse sentimento experimentado por ela.
O tema de abertura, All I ever wanted to be, de Lily Frost, traduz de forma romântica e melancólica, porém, esperançosa, os sentimentos de Erica. Coloca em pauta as suas dúvidas, desejos, questionamentos e fragilidades. E aos poucos, mostra o seu renascimento.
Não preciso falar que este é um dilema comum na vida de todos. Afinal, quanto de nosso potencial boicotamos diariamente, sem saber? Por que deixamos de protagonizar a nossa própria vida? Quanto de responsabilidade podemos assumir, encarando desafios amedrontadores, até vencermos? Em quem podemos confiar para nos orientar? Devemos ou não abrir mão de algo no presente para beneficiar o futuro? Seria dolorido fazer uma escolha dessas?
Que confusão!
Nesta série, fica claro a construção de roteiro contextualizado na Jornada do Herói.



Quando Erica é chamada à aventura, saindo de seu mundo comum, percorre um caminho até o seu renascimento para retornar como uma heroína completamente transformada.


São muitos os caminhos escolhidos e percorridos por ela. Desta maneira, não haveria forma mais simbólica de retratar tantas escolhas, senão, entrando por uma porta e saindo por outra. Afinal, o que há atrás de cada porta existente na sua vida?


Em cada uma, antiga e nova Erica se encontram em algum ponto do tempo e espaço.
Todas as viagens remetem as famosas “regressões terapêuticas” e começam a partir do momento em que Erica entra no consultório de Dr. Tom. Curiosamente, sua sala de terapia não fica em um endereço fixo. Ela pode estar atrás de qualquer porta e em qualquer lugar. Por exemplo: no banheiro de um bar, no salão de beleza, no escritório. São muitas as possibilidades.


Ao entrar pela porta e escolher um arrependimento da lista, Erica é transportada, imediatamente, à um ponto no tempo e espaço e lá, inicia a sua saga de renascimento ao confrontar situações que tanto lhe causam dor, medo e incômodo.
Nessas regressões não existe um impacto tão grande quando o que conhecemos como “efeito borboleta”. Quer dizer, o futuro muda, mas o foco é o comportamento de Erica e não o surgimento de uma nova sociedade ou a destruição da raça humana. Calma, pois é muito sussa!
A séria acabou, infelizmente! Mas ainda é possível acompanhar a trajetória de Erica, pois todos os episódios estão disponíveis no canal GNT, acessando o NET-NOW.
Divirta-se, emocione-se, ria, repense sobre você e faça as suas escolhas. A vida de Erica é uma excelente metáfora do nosso cotidiano; da nossa incrível jornada de heróis escondida atrás de uma porta.
Para reforçar o saudosismos, se quiser, confira no link o as músicada série.
1° temporada
Ano: 2009
Episódios: 13
2° temporada
Ano: 2009
Episódios: 12
3° temporada
Ano: 2010
Episódios: 13
4° temporada
Ano: 2011
Episódios: 13

Elenco:








1 comentários!

  1. Caroline! Sou um fã apaixonado da série e, assim como você, também fui levado à ela pelo tema "viagem no tempo".
    Ocorre, no entanto, que ao sermos apresentados à série, ela se desenrola de uma maneira muito bem elaborada e construída, tanto que, para o processo terapêutico ela está perfeita, onde o paciente chega perdido e com suas dores e sai melhor (quando trabalha suas questões) que é o que a Érica faz.
    Essa leitura é acalmou meu coração ao fim da série, pois ela tem uma construção de início, meio e fim lógicos e corretos!
    https://www.linkedin.com/in/lucianosteffen/

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Beijokas
=)

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