Bom dia leitores.
Hoje trago para vocês Entrevista com a Escritora JackMichel, que publicou seu primeiro livro em outubro/2015 pela Chiado Editora, como também sua biografia e outras informações bacanas sobre ela.
JackMichel como mencionado acima, publicou seu primeiro livro “Arco-Jesus-Íris” em outubro de 2015, pela Chiado Editora. Para o segundo semestre de 2016, já fechou contrato com a Drago Editorial para o lançamento de mais quatro obras suas: “LSD Lua”, “1 Anjo MacDermot”, “Sorvete de Pizza Mentolado x Torpedo Tomate” e “Ovo”. O tema do conteúdo que escreve é variado visto que possui livros escritos nos gêneros ficção, poesia, romance e conto de fadas. JackMichel participará do Salão Internacional do Livro de Turim, que acontecerá de 12 à 16 de Maio 2016.
- Biografia
JackMichel é o nome artístico de duas escritoras: Jaqueline e Micheline Ramos. São irmãs e nasceram respectivamente em 20 de fevereiro e em 30 de novembro, na cidade de Belém, Estado do Pará (Brasil). Sua obra é ampla e pode ser descrita entre romances, contos e poesias. O estilo de escrita de JackMichel foi influenciado por autores mundiais clássicos de diversos gêneros literários como Oscar Wilde, Hans Christian Andersen, Lewis Carrol, Edgar Allan Poe, Eça de Queirós, Machado de Assis, dentre outros. JackMichel professa o lema “ESCREVER É VIVER”.
- Sobre Arco-Jesus-Íris
Na colorida época do Flower Power Satanás decide visitar o arco-íris psicodélico de Jesus Cristo e, lá chegando, o louro e jovem Jesus hippie, vestido de jeans, conta a ele como faz para fazer o bem vencer o mal e o leva a conhecer os 7 círculos de seu arco-íris, que são 7 círculos de cores diferentes: no Círculo Violeta ele encontra Sharon Tate e Charles Manson, bem como as demais pessoas envolvidas no caso Tate... no Círculo Anil ele encontra Mao Tsé-Tung e os chineses massacrados durante a Revolução Cultural... no Círculo Azul ele encontra Heinrich Himmler e os prisioneiros mortos nos campos de concentração nazistas... no Círculo Verde ele encontra a Talidomida e algumas crianças deformadas pela pílula... no Círculo Amarelo ele encontra Jim Morrison e as entidades indígenas que o levaram a morte... no Círculo Alaranjado ele encontra Oscar Wilde e os responsáveis por sua tragédia particular... no Círculo Vermelho ele encontra Thomas Blanton e as vítimas do atentado de uma igreja batista em 15 de setembro de 1963. Após constatar que o mal realmente não existe naquele paraíso, Satã vai e conta ao mundo que é tempo de Paz e Amor.
- Entrevista com JackMichel
1. Como surgiu a ideia de começar a escrever?
Bem... eu comecei a rascunhar meus primeiros textos com cerca de uns 12 anos de idade, ainda em minha adolescência, quando eu lia poetas do século XIX com a mesma velocidade que se come pipocas. Jack, minha irmã e parceira literária, muito antes de mim já pegava na pena. Anos mais tarde, visto que ambas haviam armazenado sobremaneira material literário, resolvemos juntar tais calhamaços. Então, tivemos uma ideia para mover este tão estático meio da literatura convencional composto por ilustres escritores e escritoras: dar vida a uma terceira pessoa, a autora JackMichel que é o produto da junção de dois estilos de escrita diferentes: um, racionalmente prático e outro, utopista e visionário.
2. Como está sendo firmar esta parceria literária com sua irmã?
Precisamente como eu supunha, quero dizer, da maneira mais efetiva que o possível. Confirmo com júbilo que eu e Jack acertamos na mosca branca quando decidimos criar JackMichel, que possui o slogan “a escritora 2 em 1”.
3. O que a escrita representa para vocês?
Para JackMichel a escrita é a passagem para um mundo onde as transparentes bolhas de sabão furta-cor não estouram... que dá passagem para um outro mundo em que voar é preciso... que dá passagem para um outro mundo no qual as borboletas viram flores... ou, por outra, é criar sempiternamente dentro do universo imponderável da imaginação, que não tem confins e nem oferta dixe para tomar depois.
4. Percebi que o livro de estreia faz uma leitura bem fantasiosa sobre o binômio Jesus e Satanás, do ponto de vista bíblico. De onde surgiu inspiração para esta linha de abordagem?
A inspiração para a composição da obra “Arco-Jesus-Íris” foi a própria década de 60, que revolucionou o século XX com sua moda, jargão, movimentos e cores. Como o bem e o mal andam lado a lado, qual o dia e a noite, JackMichel decidiu personificá-los nos maiores artífices que os estereotipam: Jesus Cristo e Satã; e, como uma coisa puxa outra, logo surgiram as vítimas e os algozes que protagonizaram antigos casos que escandalizaram a opinião pública e que o tempo nunca esqueceu. Sou de opinião que é lícito descortinar tais horizontes para as novas gerações, visto que espargir a cultura não é só ofício dos mestres nas escolas, é também, tarefa do escritor que tem compromisso para com o seu amável público leitor.
5. Vocês seguem alguma crença?
Oh, em absoluto! JackMichel sintoniza
apenas com os fluídos benéficos do grande Universo e, em razão disso, recepta
as energias que emanam de sua força positiva: é assim de acordo com a tese da Lei
de Causa e Efeito, preconizada pelo Espiritismo. Mas embora não professe
rituais e nem faça uso de amuletos, a autora reverencia sinceramente todas as crenças
religiosas que grassam no mundo de hoje num número tão grande que não dá para
se contar nos dedos da mão.
6. Como foi escrever seu primeiro livro, Arco-Jesus-Íris?
Muito natural. Entretanto, declaro aqui que esta obra não foi a primeira escrita pela autora que possui imenso material literário arquivado, onde há muitos livros escritos nos mais variados gêneros ficção, poesia, romance e conto de fadas. Destarte, tendo mantido tal produção de escritos guardada por anos, agora só precisa ir ao baú de suas criações e lançar mãos delas: uma espécie de pirata na Ilha do Tesouro. Alguma coisa assim.
7. Percebi que os próximos livros a serem lançados este ano possuem títulos peculiares. De onde partiu a inspiração?
A inspiração dos títulos das obras de JackMichel sempre parte do estro de Jack que, sem esperar, brilha como um lusco-fusco de pirilampo dentro do jardim noturno das ideias em momentos muito especiais de criação.
8. A palavra LSD comumente é conhecida associada a uma droga psicotrópica de efeitos devastadores. A associação escolhida LSD Lua veio com uma chamada sob nova perspectiva? E vocês de alguma forma temem que seja feita associações deturpadas quando ao título da obra?
Veja bem: o título “LSD Lua” adveio essencialmente da inventividade de Jack, que cria sem a intenção calculada de atingir este ou aquele alvo, como é no Arco e Flecha. Por consequência, não há relação alguma entre a lua, satélite da Terra, e a poderosa droga sintética que foi um dos símbolos da contracultura dos anos 60. “Quem tem medo de lobos não vai à floresta” disse Lenin... e JackMichel não escreveu esta obra fabulosa temendo que ela possa provocar depravações nas mentes humanas; a autora a vê como a pedra lapidada de um anel que brilha diante dos olhos de quem a lê.
9. Achei fantástica terem sido influenciadas por autores clássicos. Este primeiro livro ou os próximos 4 que serão lançados possuem uma influência direta destes clássicos sobre as estorias a serem abordadas nestes?
Confirmo que já tive minhas constantes e incansáveis horas de leitura. Isso é mesmo fulcral na vida de uma pessoa das letras, pois para vestir o estilo com as sumptuosidades da gala e da festa, é preciso antes frequentar a melhor elite da literatura mundial. Porém, creio que o dom da escrita é um talento inato que se traz consigo, e, tanto “Arco-Jesus-Íris” como as demais obras de JackMichel que serão publicadas, não possuem diretamente as impressões digitais dos muito apreciados autores clássicos.
10. Como vocês vêem hoje o mercado da literatura nacional?
Mais ou menos como uma imensa vitrine onde tem um pouco de tudo: terror... romance... infantil... policial... fantasia... erótico... ficção... auto ajuda... e algo mais. É tarefa um tanto difícil o leitor se achar nela; mas é louvável que seja assim considerando-se que surgem novas editoras que abrem suas portas a autores que estão à sombra e precisam apenas de uma chance para tirar seus manuscritos da gaveta. Pois quantos talentos às vezes se perdem por não poder mostrar-se?
11. Como surgiu a oportunidade de irem para o Salão internacional do livro em Turim?
Tomei conhecimento do XXIX Salão Internacional do Livro de Turim nos editais do Jornal Sem Fronteiras, que publicará matéria sobre JackMichel na edição de Abril/Maio. Tal periódico cobre este importante evento literário que ocorre anualmente na Itália. No mais, posso dizer que a Associação Cultural Internacional Mandala, que tem presença tradicional no Salão do Livro, oferece aos escritores brasileiros o ensejo de expor suas obras no exterior, além de promover o intercâmbio cultural literário entre Brasil e demais países do panorama internacional.
12. Como estão os corações com a expectativa de divulgar a primeira obra de vocês a nível internacional?
Tudo em ordem com os movimentos cardíacos de JackMichel: sístole e diástole sob controle. A autora já se habituou a ver tudo isso como algo que efetivamente tem de acontecer em sua carreira; pois é inelutável que a fama chegue para ela, haja vista já ter acenos positivos de várias editoras do exterior para lançar suas obras em outros países, além da nossa pátria amada Brasil.
13. O que vocês esperam causar nos leitores com a leitura de seus livros?
As emoções que estiverem contidas na carga de energia das palavras que compõem cada uma dessas obras extraordinariamente apaixonantes. Sic et simpliciter.
14. Onde é possível adquirir as suas obras?
Em Portugal, além do site da Chiado Editora, o livro “Arco-Jesus-Íris” também pode ser adquirido em papel (sob encomenda) nos seguintes locais: Fnac, Sonae, ECI, Bertrand, Almedina, Auchan, Bulhosa, entre outros. Em e-book ele está disponível na Apple iBookstore, Barnes & Noble, Sony, Kobo, Diesel ebook Store e Baker & Taylor. No Brasil ele está à venda na Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br/p/arco-jesus-iris-46098023). O book trailer desta obra está no Youtube para todo o mundo conferir.
15. Estamos chegando ao fim da entrevista...Agradeço pela entrevista e confiança depositadas no Blogando Linhas. Gostariam de deixar uma mensagem aos leitores?
Com prazer. Embora não seja de minha autoria, vou deixar: “A seu turno a Gramática abria-se como um cofre de confeitos pela Páscoa. Cetim cor de céu e açúcar. Eu escolhia a bel-prazer os adjetivos como amêndoas, adocicadas pelas circunstâncias adverbiais da mais agradável variedade; os amáveis substantivos! voavam-me à roda, próprios e apelativos, como criaturinhas de alfenim alado; a etimologia, a sintaxe, a prosódia, a ortografia, quatro graus de doçura da mesma gustação. Quando muito, as exceções e os verbos irregulares desgostavam-me a princípio; como esses feios confeitos crespos de chocolate: levados à boca, saborosíssimos.” (Raul Pompeia, O Ateneu).
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